Não podemos negar que a saúde emocional não é só não ter depressão ou angústia, a saúde emocional passa pela liberdade de dar vazão às emoções e uma das maneiras fáceis que está no nosso cotidiano é ouvindo músicas.
Gosto da expressão ouvir a música com o coração, assim como outra atividade em que tenha órgãos sensoriais envolvidos a ligação direta com as emoções é inevitável.
Os órgãos sensoriais são a porta de entrada de nossos desejos e de nossa sensibilidade. É fato que nem todos estão conectados com essa sensação, mas acredito que perceber que algo faz sentido para a gente e linkar isso a uma vivência é uma questão de sensibilidade.
Perceber atentamente o que está nos estimulando é um exercício que nos acrescenta o que está dando sentido para a nossa vida e a música entra neste aspecto com muita facilidade.
Não acredito numa trilha musical imutável, eterna, pois os estados de espírito são que a fazem.
Na paixão, uma determinada música me faz evocar essa pessoa ou a sensação de ser feliz, mas se a paixão acaba a música pode evocar a raiva, a saudade ou mesmo não ser percebida.
O grande lance é criarmos o nosso vínculo com aquilo que nos evoca a vida a uma emoção especial.
Se estiver envolvido na trama de um filme, a música de fundo de algumas cenas estimula esse envolvimento e marca a cena, mas se o filme não está te envolvendo nem a mais bela e pertinente música fará esse milagre.
Abertura da alma para a sensibilidade do sentir é quem faz a ligação.
Acho que é isso aí. Tentei não desconstruir o romantismo do efeito de uma música na vida de uma pessoa, mas acho que as pessoas especiais que têm a percepção de suas emoções são as sensíveis que constroem sua trilha musical.
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