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Opiniões

19 DE ABRIL DE 2023

Autismo e mercado de trabalho

Por: Da Redação

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Historicamente, o mercado de trabalho tem características, por vezes, segregadoras.

Reflete preconceitos e exclusões que precisam ser superadas.

Foi (e ainda é) assim com mulheres, com negros, com pessoas LGBTQIA+. Um outro grupo que ainda tem dificuldade de inserção profissional é o das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), muito pelas ainda existentes faltas de conhecimento e de preparo.

Uma realidade que precisa estar no radar de empresas e poder público.

O mês de abril é marcado pelo debate sobre o autismo – temos o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a 2 de abril.

Ainda há muito a se esclarecer sobre o TEA para a população no geral.

O mais importante: autismo não é doença, mas uma condição, ou melhor, diferentes condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico, todas relacionadas com dificuldade no relacionamento social.

O que não significa que uma pessoa com TEA não possa conviver, trabalhar, relacionar-se e desenvolver uma vida plena.

No mercado de trabalho, o panorama é preocupante.

Estima-se que existam 2 milhões de pessoas com TEA no Brasil, e 85% dos adultos com autismo estão desempregados.

A dificuldade de inserção esbarra na própria dificuldade de entendimento sobre essa condição.

Caberia, portanto, aos departamentos de Capital Humano promover ações de conscientização e treinamento às equipes para que o ambiente de trabalho esteja pronto para receber profissionais autistas.

Vale lembrar que pessoas com TEA, normalmente (mas não obrigatoriamente, é bom ressaltar), têm mais facilidade de se adaptar a certos tipos de trabalho, como as atividades rotineiras e processos padronizados.

Também é comum que tenham alta capacidade de memorizar dados e de cumprir normas, além de pensar de forma diferentes e poder dar respostas que fujam do pensamento convencional.

Quando estimuladas e desenvolvidas da maneira correta, essas habilidades podem trazer benefícios tanto para a pessoa autista, quanto para a empresa.

O Transtorno do Espectro Autista ainda é objeto de estudo pela ciência e há muito a se entender sobre seus meandros.

A realidade, no entanto, é que há um grande número de pessoas incluídas nessa condição que precisam estar inseridas nos diversos espaços da sociedade, como o mercado de trabalho.

Essa é uma demanda urgente e importante, que deve ser atendida por empresas e poder público no sentido de ser mais um passo na construção de uma sociedade mais inclusiva e democrática.

 

Janguiê Diniz  é fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional  e presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo 

 

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