A duas semanas das eleições municipais, os quatro candidatos à prefeitura de Santos já receberam, juntos, R$ 7,25 milhões.
Além disso, contrataram serviços e contraíram débitos no montante de R$ 3,62 milhões, sendo R$ 2,06 milhões já pagos.
Ou seja, os gastos representam 50% do total recebido até o momento – na média.
Todo o montante está dentro do que preconiza a legislação eleitoral, graças à aprovação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (Fundo Eleitoral) no valor de R$ 4,96 bilhões (o equivalente ao orçamento da cidade de Santos, no litoral paulista).
Isso significa que a artilharia dos candidatos em ações na rua (com mais gente trabalhando) e também nas redes sociais, por exemplo, vão se intensificar até a data limite das campanhas.
Deve-se destacar que o Tribunal Superior Eleitoral determina limite de gastos para os candidatos.
No caso da disputa ao Executivo em Santos, o montante é de R$ 2.563.695,48 para o primeiro turno.
Para se ter noção do volume recebido até o momento, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, a soma representa cerca de 30% a mais que o que será gasto para a construção da policlínica da Vila Progresso.
Em fevereiro, a empresa Lemam Construções e Comércio S.A. foi anunciada como vencedora da licitação com o valor de R$ 5.667.276,93.
Os dados, que são parciais faltando exatamente duas semanas para as eleições, toma como base os números disponíveis no portal do Tribunal Superior Eleitoral.

Vereadora e candidata à prefeita Telma de Souza (PT). Foto: Carla Nascimento
Valores recebidos e gastos – Telma de Souza (PT)
Dos quatro candidatos, quem mais recebeu até este domingo, dia 22 de setembro (os dados variam de acordo com o lançamento de receitas e despesas no sistema do TSE) é a vereadora e ex-prefeita Telma de Souza (PT), com R$ 2,49 milhões.
Quase a totalidade (99,72%) de recursos provenientes dos diretórios nacionais do PT, no valor de R$ 2,11 milhões, PCdoB, R$ 215 mil, PDT, R$ 150 mil.
Suas despesas chegam a R$ 567.980,68, sendo R$ 358.323,68 já pagas (63% do total contratado).
Especialmente para serviços de advocacia (Tarcisio de Andrade Santana – R$ 45 mil),
Além disso, de contabilidade (Max & Souza Serviços Contábeis – R$ 43 mil) e locação de imóvel para comitê na Avenida Washington Luiz (Macuco Empreendimentos Imobiliários – R$ 41.400,00), entre outras despesas.
Assim, confira detalhes neste link

Deputada federal e candidata à prefeita Rosana Valle (PL). Foto: Carla Nascimento
Valores recebidos e gastos – Rosana Valle (PL)
Outra que também está com recursos em caixa para esta reta final da campanha é a deputada federal Rosana Valle (PL).
Afinal, seu partido ficou com o maior quinhão do Fundo Especial, totalizando R$ 886,8 milhões (17,87% do total), em razão de ter eleito a maior bancada no Congresso graças ao ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado à legenda.
Foram 99 deputados eleitos de um total de 513 em 2022.
Sua campanha já recebeu R$ 2,41 milhões, sendo 92,44% do fundo especial (eleitoral), 5,25% de doações de pessoas físicas e 2,31% do diretório municipal do PL (fundo partidário).
A direção do seu partido repassou-lhe R$ 2,2 milhões.
Outro contribuinte, o empresário Paulo Sérgio Veríssimo Mendes, do Grupo Mendes, garantiu-lhe R$ 100 mil para sua campanha.
Assim, na sequência está a própria direção municipal do partido, que reservou-lhe R$ 55 mil do fundo partidário.
A legenda é comandada pelo marido da deputada, Gerson Carife.
Quanto às despesas, a campanha da candidata já gastou R$ 990,5 mil, sendo R$ 780,9 pagos aos fornecedores (78,8%).
Especialmente para a Social Inteligence Comunicação (serviços de marketing e planejamento estratégico), no valor de R$ 400 mil.
Adyen (empresa para impulsionamento nas redes sociais) – R$ 218 mil, e locação de imóvel para a campanha na Avenida Ana Costa, no valor de R$ 40.780.
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Prefeito Rogério Santos, que tenta a reeleição. Foto: Carla Nascimento
Valores recebidos e gastos – Rogério Santos (Republicanos)
Na listagem de valores recebidos, a campanha do prefeito Rogério Santos surge em terceiro lugar até o momento, com R$ 2,28 milhões.
No entanto, R$ 2 milhões já foram gastos (R$ 898 mil pagos – 45%), se aproximando do limite legal de R$ 2,56 milhões.
Deste montante, R$ 1,882 milhão decorre de despesas contratadas para a campanha à reeleição do prefeito e outros R$ 122 mil doados a candidatos a vereadores dos partidos coligados.
Cada um recebeu, em média, R$ 609,35.
Portanto, a coordenação da campanha do prefeito terá que fazer malabarismos para limitar os gastos justos nesta reta final de campanha do primeiro turno, se houver.
No segundo turno, os valores mudam para R$ 1,02 milhão.
Portanto, não incluídos neste montante.
Assim, os maiores valores recebidos decorrem de recursos liberados pela Direção Nacional do Republicanos (R$ 1,86 milhões).
Além do empresário Rubens Ometto (presidente do Conselho de Administração do Grupo Cosan e de duas empresas que fazem parte da holding, Raízen e Comgás).
Ometto, aliás, é o maior contribuinte individual das campanhas eleitorais no Brasil.
Ao todo, 117 doações individuais até agora, chegando a quase R$ 10 milhões doados, conforme disponível no portal do TSE.
Na sequência, a Direção do Podemos, partido da base de apoio ao prefeito, doou R$ 145 mil.
Quanto às despesas, o prefeito já gastou R$ 700 mil com a agência de publicidade Samba.
E ainda: mais R$ 300 mil com a PLTK Comunicação Estratégica e outros R$ 125 mil com a empresa Adyen para impulsionamento nas redes sociais.
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Candidato do Avante, Nando Pinheiro, foi quem menos recebeu recursos para a campanha até o momento. Foto: Felipy Brandão
Valores recebidos e gastos – Fernando Pinheiro (Avante)
Ao contrário dos seus concorrentes, o candidato do Avante, Fernando Pinheiro, nada recebeu do seu partido.
Apenas dois colaboradores (pessoas físicas) contribuíram para sua campanha: o advogado Custódio Tavares Fernandes e seu filho, Custódio Jr, totalizando R$ 63.500,00.
Os gastos atingem R$ 55,5 mil, sendo R$ 23,5 mil já pagos (42,3%).
Os valores recebidos pelo candidato são inferiores aos recursos recebidos, por exemplo, por 17 dos 22 candidatos a vereador do PL, líder em recebimentos nas campanhas ao Legislativo até o momento em Santos.
Aliás, dos 10 candidatos que mais receberam recursos em suas campanhas ao Legislativo, seis são do PL.
Suas despesas se limitam a pagamento de serviços de contabilidade, advocacia e produção de filmes e material de campanha.
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