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09 DE ABRIL DE 2025

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A história e o legado da Estação Primeira de Mangueira no Carnaval do Rio

Desde o início, a Estação Primeira de Mangueira trouxe uma proposta inovadora: unir organização e arte popular para mostrar o valor cultural do samba nos desfiles de Carnaval

Por: Da Redação

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Entre as muitas escolas de samba do Rio de Janeiro, poucas carregam um nome tão poderoso quanto a Estação Primeira de Mangueira.

Fundada em 1928, Mangueira é sinônimo de tradição, resistência cultural e paixão pelo samba.

Desde os primeiros desfiles, essa escola ocupa um lugar de destaque na Marquês de Sapucaí e no coração dos brasileiros.

Raízes no morro e no samba

A origem da Mangueira está profundamente ligada ao Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio.

Foi ali, entre batucadas improvisadas e rodas de samba, que nasceu a ideia de fundar uma escola que representasse o povo da comunidade com orgulho e alegria.

Aliás, um dos nomes centrais dessa fundação foi o lendário sambista Cartola, figura fundamental na música popular brasileira e na identidade da escola.

Desde o início, a Estação Primeira de Mangueira trouxe uma proposta inovadora: unir organização e arte popular para mostrar o valor cultural do samba nos desfiles de Carnaval.

O nome “Primeira” não é por acaso – ela foi uma das pioneiras do gênero.

Conquistas e títulos no Sambódromo

Mangueira é uma das maiores campeãs do Carnaval carioca, com 20 títulos oficiais conquistados (até 2024).

Entre eles, alguns desfiles se tornaram históricos, como o de 2016 com o enredo “Maria Bethânia: A Menina dos Olhos de Oyá”, que encantou o público e os jurados com sua beleza plástica e força emocional.

Outro desfile memorável aconteceu em 2019 com o enredo “História para ninar gente grande”, uma crítica poética e poderosa sobre os apagamentos históricos no Brasil.

Esse desfile rendeu à escola um título e o reconhecimento por sua coragem e criatividade.

Mangueira nunca teve medo de ousar – seja nas cores vibrantes, nas letras das músicas ou nas críticas sociais que embala com ritmo e alegria.

Símbolos, cores e identidade cultural

A Mangueira é facilmente reconhecida por suas cores icônicas: verde e rosa.

Assim, esses tons, inspirados nas flores do morro e nas bandeiras dos antigos blocos carnavalescos, se tornaram marca registrada da escola.

Aliás, a escola também é símbolo de orgulho da comunidade.

Participar da Mangueira – seja como passista, ritmista ou torcedor – é carregar uma tradição viva, passada de geração em geração.

Portanto, cada ensaio é uma celebração da cultura afro-brasileira, da resistência e da beleza popular.

Mangueira e os grandes nomes do samba

Além de Cartola, muitos outros nomes passaram pela Mangueira e deixaram sua marca.

Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Agnaldo Timóteo, Beth Carvalho e tantos outros artistas ajudaram a levar o nome da escola aos palcos do Brasil e do mundo.

Assim, a presença desses artistas reforça a força da escola como um berço de talentos e um centro pulsante de criatividade.

A Mangueira no imaginário brasileiro

Mais do que uma escola de samba, a Estação Primeira de Mangueira representa um Brasil que canta, dança, sofre e resiste com dignidade.

Portanto, seu legado vai muito além do Sambódromo – está nas músicas que tocam o coração, nas fantasias que desfilam sonhos e nas vozes que ecoam nos morros e avenidas.

Assim, a cada fevereiro, quando a bateria começa a tocar e o samba-enredo toma conta da Sapucaí, o verde e rosa voltam a brilhar.

E com eles, a certeza de que a história da Mangueira ainda tem muitos capítulos a encantar.

 

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