Páscoa: Entre a libertação e a ressurreição | Boqnews
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Opiniões

17 DE ABRIL DE 2025

Páscoa: Entre a libertação e a ressurreição

Helena Fraga

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A Páscoa tem um sentido maior e é, com certeza, o momento de maior reflexão para os católicos. Entretanto, a Pessach começou muito antes com os judeus e significa “passagem”, sendo a lembrança da libertação do povo do longo cativeiro que viveu no Egito.

A beleza da ressurreição de Jesus e o seu amor por nós, sem distinção, para nossa salvação, é precedida por seu calvário, que tem início em sua entrada triunfal em Jerusalém – o Domingo de Ramos – onde o povo hebreu aguardava seu salvador, que devia ser um guerreiro que os libertaria, e foram surpreendidos por um homem simples, carismático e que amava os humildes e mansos de coração.

Jesus sabia que seria imolado e nos deixou, em sua última ceia com os apóstolos, a instituição da Eucaristia – permitindo que pudéssemos comungar de seu corpo e seu sangue e estarmos sempre juntinhos a Ele.

Seu julgamento e crucificação foram o momento mais doloroso da humanidade. Trocamos um homem justo por um ladrão e condenamos o Filho de Deus a morrer numa cruz em um doloroso sofrimento. Todavia, seu amor transformou sua missão, que foi cumprida para que cada um de nós fosse perdoado e vivesse com Ele na vida eterna.

Hoje, a Páscoa é celebrada com muito chocolate e, ano a ano, temos perdido a essência desse tempo tão especial e importante. Nada contra comer e dar ovos de chocolate ou fazermos brincadeiras com as crianças para encontrarem seus presentes no domingo, mas também é importante explicar aos pequenos que o sentido de renascer é uma forma de vivermos uma vida nova.

Os símbolos que permeiam essa época têm um significado que remete ao renascer como um novo ser humano.

No Sábado de Aleluia, na celebração da Vigília Pascal, temos o Fogo Novo, que representa Jesus, que veio exterminar o pecado do mundo; o Círio Pascal, a vela grande branca e com os cravos que representam a dor de Cristo e simboliza a Ressurreição de Jesus. A cruz é o símbolo da crucificação de Jesus. O pão e o vinho são a representação do corpo e do sangue que foram derramados pelos nossos pecados. Os ovos e o coelho estão associados à fertilidade e ao nascimento.

Que tenhamos um momento de reflexão e um desejo de que haja uma mudança e um renascimento real nesta Páscoa. Estamos precisando cada vez mais desse reencontro com Deus e suas manifestações mais profundas de fé e esperança em um mundo justo.

 

Renascer

Olhos abrem-se para o novo

O coração dói com o calvário

A alma alegra-se com a libertação

Aquece o espírito na oração.

Acordar e sorrir

Abrir-se para a vida

Sonhar com um mundo melhor

Sentir o acolhimento de Deus.

A marca do sofrimento

Seja nosso caminho de livramento

As lágrimas salgam a carne

E purificam a dor.

Páscoa, vida nova

Silêncio em Jesus

Oração e forja

Um novo Homem!

 

Helena Fraga é escritora, empresária e escreve desde os 13 anos de idade

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