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Opiniões

04 DE JUNHO DE 2014

No Limite do Amanhã

Por: Da Redação

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William Cage se vê, sempre que morre, obrigado a voltar ao dia anterior à sua morte

William Cage se vê, sempre que morre, obrigado a voltar ao dia anterior à sua morte

A ficção científica dirigida por Doug Liman (trilogia Bourne) narra um mundo que aos poucos vai sendo dominado por alienígenas. Com isso, forças militares de diferentes países unem suas forças e inteligência para se defender e, com o passar dos anos, acabam criando uma espécie de traje com alto poder bélico, equipamento indispensável para se travar uma batalha quase que de igual para igual com as tais criaturas. Diante disso, o oficial do exército americano William Cage (Cruise), mesmo sem nunca pisar num campo de batalha, recebe uma ordem para lutar. Ao encarar a morte, a surpresa: Cage desperta – vivo – sempre na mesma hora do dia anterior à luta para recomeçar tudo de novo.

Diferente de um filme com o tema viagem no tempo, No Limite do Amanhã retrata apenas uma realidade, excluindo, no momento em que o personagem volta ao dia anterior à sua morte, qualquer tipo de classificação de tempo (presente, passado ou futuro). E como são tantas as vezes em que isso acontece, o roteiro, escrito por Christopher McQuarrie, Jez Butterworth e John-Henry Butterworth, e um bom trabalho de montagem, não deixou que a história ficasse confusa nem repetitiva ao ponto de se tornar maçante ver as mesmas coisas mais de dez vezes.

A relação de Cage e Rita (Blunt), os dois personagens centrais, é envolvente e vai se revelando de uma forma eficiente e instigante. Tentar desvendar como Rita se tornou uma excelente aniquiladora de alienígenas e sua relação com os novos “poderes” de Cage é realmente uma boa história de se acompanhar. O espaço para bons momentos de humor não fica de fora, deixando o filme em todo o primeiro ato não tão dramático.

As cenas de ação foram muito bem construídas. É perfeitamente fácil se localizar durante os muitos tiros e explosões que acontecem nas batalhas. O trabalho artístico dedicado aos trajes de combate reforça essa sensação de proximidade realística. No filme, o mundo possui mais tecnologia, mas isso não foi motivo para encher os cenários com características muito futurísticas.

As filmagens em 3D são mais um exemplo raro da boa utilização do recurso, sem falar na verdadeira finalidade de se empregar a tecnologia. É notável que mais de 90% das cenas possuem profundidade de campo para melhor apresentar ao público as três camadas dimensionais. O trabalho permite reforçar uma verdadeira submersão do público em tudo o que está acontecendo na telona.

Com todas essas qualidades técnicas e os pontos positivos de percepção, indicando que a produção caminhava de vento à polpa em direção ao gosto da maioria, eis que acontece um deslize – e dos mais batidos. A escolha do desfecho, que poderia terminar muito bem com a imagem de Cage e de Rita como mártires de uma luta contra a extinção humana, enterrou a possibilidade de tornar No Limite do Amanhã um dos melhores blockbusters lançados ainda no primeiro semestre deste ano.

Ficha Técnica

Título: No Limite do Amanhã (Edge Of Tomorrow, 2014)

Direção: Doug Liman

Roteiro: Christopher McQuarrie, Jez Butterworth e John-Henry Butterworth

Elenco:  Tom Cruise; Emily Blunt; Brendan Gleeson; Bill Paxton; Jonas Armstrong; Tony Way; Kick Gurry; Franz Drameh

 

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