Familiares espalhados pelo País do angolano Anísio José da Costa, trabalhador portuário e ex-escravo que morreu aos 110 anos, estarão em Santos para prestar-lhe esta homenagem neste domingo (13).
Anísio trabalhou no Porto até os 108 anos.
Casou-se e teve filhos após os 90 anos. Faleceu em abril de 1940.
A homenagem, de autoria da vereadora Débora Camilo (PSOL), refere-se à mudança do nome do logradouro que antes prestava homenagem a Comendador Neto, um filantropo – como constava nas placas que identificavam a via.
Mas era proprietário de mais de 110 escravos.

Escravo, Anísio José da Costa trabalhou no Porto de Santos até os 108 anos. Morreu aos 110. Foto: Divulgação
Aprovada pela Câmara no ano passado, a proposta e a homenagem ocorrerão neste domingo (13), a partir das 10 horas, na pequena, mas simbólica via.
Por sinal, localizada atrás do Museu Pelé, o Atleta do Século.
Ato aliás, ao som e com a presença da Velha Guarda da X-9.
Além disso, sua filha, Helena da Costa, 100 anos recém-completados, também será homenageada.
Ela é, provavelmente, a última filha de escravos viva nas Américas.
No Brasil, certamente.
Sem dúvida, uma reparação histórica.
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