Policiais militares reprimem estudantes durante protesto em escola de Santos | Boqnews
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Tensão

19 DE NOVEMBRO DE 2024

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Policiais militares reprimem estudantes durante protesto em escola de Santos

Caso ocorreu na manhã desta terça-feira (19). Jovens e professores foram atingidos com spray de pimenta no local. Alunos passaram mal.

Por: Da Redação

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Na manhã desta terça-feira (19), estudantes da Escola Estadual Antônio Ablas Filho, localizada na Av. Bartholomeu de Gusmão, 107 – no bairro Aparecida, em Santos, realizaram protesto por conta do abandono da escola, com falta de funcionário e manutenção do prédio.

Contudo, um protesto pacífico dos alunos acabou resultando em um episódio de repressão de policiais militares que estavam no local.

Como profissionais da direção não puderam entrar, acionaram a PM.

Várias viaturas seguiram para a unidade escolar, em frente à praia da Aparecida, na orla de Santos, no litoral paulista.

Segundo informações de uma estudante, que preferiu sigilo de seu nome, a luta ocorre há 3 anos.

Sem sucesso, segundo eles.

Ou seja, a reivindicação da instalação de ar-condicionado (que já estariam na escola há mais de um ano), reforma da quadra poliesportiva, funcionários que estão com “desvio de cargo” e não há colaboradores na escola para funções básicas.

“Estas são as pautas da nossa escola, também somos contras a privatização da educação”, disse.

Episódio triste

O protesto ocorreu às 7h20, quando os alunos fecharam o portão, com a direção do lado de fora.

“No processo de reivindicar nossos direitos haviam funcionários e professores apoiando os alunos. No processo da retirada dos estudantes que não queriam participar da ocupação, policiais tentaram invadir e acabaram machucando alguns estudantes, usando força contra o portão e jogando spray de pimenta. Muitos alunos passaram mal”.

Além disso, ela cita que quando o spray de pimenta foi jogado atingiu também professores, além de alunos.

Alguns alunos, especialmente com asma, tiveram dificuldades para respirar.

No entanto, nenhum caso mais grave ocorreu.

Quinze viaturas, sendo três no interior da escola,  estavam em frente à escola. Foto: Nando Santos

15 viaturas em frente à escola

Quem passava em frente à unidade escolar, localizada em frente à praia da Aparecida, em Santos, no litoral paulista, se espantava com a quantidade de viaturas policiais em frente ao local e nas imediações.

Até o estacionamento de uma lanchonete famosa, vizinho à escola, recebeu as viaturas.

Ao todo, 15 veículos, totalizando mais de 30 policiais, ficaram horas no interior da escola e do lado externo.

Aliás, a imprensa não pode entrar.

Por sua vez, do lado externo, jovens e sindicalistas protestavam contra a situação.

Assim, as informações eram obtidas do lado externo da unidade ou no contato com pessoas que estavam dentro da unidade.

Pais e responsáveis pelos menores que ficaram no interior da unidade escolar, sob protestos, se dirigiram à unidade.

A cúpula da PM determinou que todos os jovens – menores ou não – fossem ao Diju – Delegacia de Infância e Juventude de Santos, levados pelos veículos da polícia.

Além disso, os pais e acompanhantes também receberam escolta da PM até a delegacia.

Viaturas em frente à escola chamaram a atenção dos motoristas que por ali trafegavam. Unidade fica em frente à praia da Aparecida, em Santos, no litoral paulista. Foto: Nando Santos

Antes, seis professores receberam escolta de viaturas militares até o 2º DP – apontados como testemunhas.

A vereadora Débora Camilo (PSOL), que também é advogada, ficou por horas na escola para garantir o apoio e segurança aos jovens e familiares.

Depois, seguiu até a delegacia.

Depois, a vereadora e ex-prefeita Telma de Souza (PT) juntou-se a ela na Diju.

Não houve depredação do imóvel.

Portanto, os jovens assinaram o Boletim de Ocorrência, após serem ouvidos.

Aliás, o desfecho do caso acabou apenas no início da noite.

Em frente à escola, faixa reforça a luta pelos direitos dos estudantes. Foto: Nando Santos

Secretarias de Segurança Pública e Educação

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) “informou que a Polícia Militar foi acionada por volta das 9h30 desta terça-feira (19) (Nota da Redação: os alunos dizem que a ação ocorreu duas horas antes, por volta das 7h20), para atender a uma manifestação em uma Instituição de Ensino, na Avenida Bartolomeu de Gusmão, em Santos”.

Desse modo, segundo a pasta, os alunos formaram barricadas na quadra da escola e foi usada munição química para dispersá-los (spray de pimenta).

Contudo, não há feridos e a polícia está à disposição da direção escolar para auxiliar na negociação com os estudantes.

Já a Secretaria de Educação do Estado informou durante o ato que a equipe gestora da unidade está à disposição para receber a comissão de estudantes e ouvir suas reivindicações.

Os estudantes estão em assembleia, para liberação do local de forma pacífica.

Os conteúdos pedagógicos terão reposição.

Mais informações

A liberação dos jovens ocorreu somente no início da noite, assim como seus familiares, após assinatura do boletim de ocorrência.

Ao todo, seis alunos maiores de idade assinaram o boletim não criminal.

Segundo jovens ouvidos pela Reportagem, há promessa que a área da Educação acate algumas das reivindicações dos estudantes.

Imagens do ocorrido

https://www.youtube.com/shorts/EeEECufyI-M

 

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(*) Com informações acrescentadas às 20 horas.

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