
Funcionários da Poupatempo ainda não receberam salários – nem têm previsão de quando isso ocorrerá. Foto: Nando Santos
A falta de mercadorias nas gôndolas, inclusive de medicamentos básicos, já sinalizava que a situação da Poupafarma, rede de farmácias nascida em Santos em 2008 decorrente do fim das drogarias Iporanga, não era animadora.
Infelizmente, todas as lojas da rede (16 só em Santos) amanheceram fechadas na última segunda.
Portanto, não há previsão de reabertura.
Expectativa e realidade
Até então, milhares de colaboradores do grupo reconheciam que a situação estava difícil, mas acreditavam que a rede encontraria um novo grupo interessado.
No entanto, isso não ocorreu até o momento.
Resultado: hoje eles convivem com salários atrasados e interrupção do pagamento do FGTS desde meados de 2022.

Teor do comunicado colocado nas lojas. Foto: Nando Santos
Bola de neve
Assim, das 83 unidades da Poupafarma do grupo, 35 estão na região (e 16 em Santos).
Dessa forma, estima-se que pelo menos 500 pessoas estão diretamente atingidas pelo fechamento das lojas na Baixada Santista.
Além disso, só a Poupafarma tem 2 mil colaboradores.
Mais empresas
A Poupafarma é uma das empresas pertencentes à Investfarma, criada em 2018, para atuação no mercado farmacêutico físico e on line.
Além dela, integram o grupo as drogarias Estação (no ABC) e Drogaria Marcelo (em Itatiba), além da Farma Delivery (compras on line) e Dissim – Distribuidora de Medicamentos.
Em 2019, ela foi adquirida pelo fundo Stratus, mas a Investfarma permanece à frente do negócio
Como fica?
A situação da empresa – que se limita a informativos sem esclarecer prazos e ações para seus colaboradores – afeta diretamente não só os empregos de milhares de famílias, mas também na arrecadação de impostos municipais, como o ICMS e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Sem contar os fornecedores, vários na região.
Não bastasse, pouco antes do fechamento das lojas o diretor-presidente deixou a empresa.
Por sua vez, no mercado, já existem aqueles que comparam a situação com o que ocorre com a Lojas Americanas.
E agora com o grupo Marisa…

Sede da Câmara de Santos. Foto: Divulgação
Chapa quente
A sessão da última quinta foi agitada na Câmara em razão do projeto – aprovado em primeira discussão – sobre a divisão das sucumbências dos procuradores da Prefeitura.
Assim, o clima esquentou, a ponto dos debates resultarem em pedido à Comissão de Ética da Casa pela presidência.
Prós…
Dessa forma, a maioria dos vereadores votou a favor alegando que a sucumbência é um direito legal e o projeto não irá onerar os cofres públicos.
Contras
Advogada, a vereadora Débora Camilo (PSOL) questionou a proposta por inserir as sucumbências (valores legais pagos aos advogados) em itens como auxílio-saúde e alimentação – além do 13º e férias.
Ou seja, sem incidência de Imposto de Renda. Mesmo com o limite de 10% do teto constitucional, o vale-alimentação dos procuradores poderá chegar a até 7 vezes (R$ 4 mil) que os demais servidores.

Foto Divulgação
Bolão da sucumbência
Não bastasse, a proposta permite que procuradores em cargo de chefia acumulem de 10% a 20% do ‘bolão da sucumbência’.
Além disso, vale destacar que tais valores, portanto, serão incorporados no futuro para fins de aposentadoria e/ou pensão até o teto.
Assim, serão usados recursos públicos, via Iprev – Instituto de Previdência dos Servidores, a qual a prefeitura tem a principal participação nas contas da ‘viúva’.
Fora do ritmo
Dessa forma, para uma cidade turística, inexiste Carnaval na orla da praia santista, ao contrário do RJ.
Aliás, infelizmente.
Será..
que este será o último (o penúltimo) ano que os desfiles das escolas de samba ocorrerão na Zona Noroeste?
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