Cada vez é mais difícil vermos casais, num processo de construção familiar, fazerem Bodas de Prata, ou de Papel ou de Cristal, que seja…
A durabilidade das relações é hoje novidade e não consequê-ncia da história.
Mas, infelizmente, isso não quer dizer que estejam realizados. Pode ser até que estejam acomodados, numa zona de conforto muito agradável que o casamento dá. E isso é muito bom, mas estatizante.
Apesar de sermos seres vivos e pensantes, muitas vezes nos paralisamos e deixamos de pensar na vida, para não entrar em contato com faltas que se percebidas podem desestabilizar e assustar por se dar conta de alguns vazios. E para preenchê-los na ânsia de se realizá-los, pode-se sair em busca de aventuras que nem sempre são satisfatórias, pois vem de encontro a uma busca externa sem antes esgotar os recursos internos de cada um ou mesmo da relação.
Rotina, monotonia, obrigação, responsabilidades vão se avolumando e tomando o espaço do relacionamento enquanto vida, além de movimento e desenvolvimento.
Como qualquer ser vivo um relacionamento afetivo é dinâmico e requer mudanças.
O grande barato de um relacionamento: a surpresa do dia seguinte, a alegria do reencontro depois da despedida, ao contrário do senso comum de que quanto mais tranquilo e estável melhor. Essa é a parte lúdica que dá colorido e motivação à vida a dois.
As cores existem para não vivermos no branco e preto e pior no cinzento!!!
Qual o casal que se beija pelo carinho, pelo desejo ou que seja pelo gostinho de se sentir acasalado, de receber e ser recebido??
Beijar é muito bom e as comadres ou terapeutas de plantão gostam de dizer que quando o casal deixa de se beijar é por que não se gosta mais!
Discordo! Peremptoriamente!
Acho sim que deixam de se gostar porque se afastam e não se beijam mais, em nome de uma instituição ou de papéis congelados.
Família, casal não são instituições que se fecham em si, são células afetivas, e o afeto deve ser explícito para alimentá-las!
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