O Veículo Leve sobre Trilhos já é uma realidade.
Apesar dos problemas enfrentados, como falta de sanitários e agora com a recusa do não pagamento em dinheiro das tarifas para embarque – objeto de questionamento do Ministério Público – não se pode negar que o meio de transporte tem conquistado usuários
Ainda que os números estejam abaixo da meta, eles se mantêm crescentes, especialmente com a integração de linhas municipais de Santos (são 10 no total) e outros 45 intermunicipais.
Aguarda-se apenas que o mesmo ocorra em São Vicente, onde o serviço é realizado pelas cooperativas, o que demanda ações específicas.
Por isso, soa como positiva a autorização para a publicação de edital de contratação dos projetos básico e executivo para recuperação da Ponte dos Barreiros e acessos por onde circulará o VLT no trecho entre Barreiros (hoje a última estação vicentina) e Samaritá (na área continental de São Vicente).
Serão investidos R$ 2,3 milhões.
Neste etapa, que prevê a elaboração de projeto para recuperação da ponte – e não sua demolição, como chegou a ser aventada – ganhou-se pelo menos um ano de prazo, em razão da ação ser menos complexa que a realização de um novo empreendimento.
A ação é o primeiro passo para a expansão dos serviços na terceira etapa do modal, atingindo um público gigantesco e carente de meios de locomoção, ficando à mercê dos sempre lotados ônibus.
Além disso, permitirá expandir o serviço no futuro para Praia Grande e, posteriormente, integrado ao BRT (Bus Rapid Transport) atendendo ainda os moradores do município e Litoral Sul.
O ideal é que estas etapas sucedessem a primeira, já em funcionamento, do trecho instalado (Barreiros-Porto) para receber a demanda reprimida de público, a grande maioria proveniente dos municípios vizinhos a Santos.
No entanto, quiseram os técnicos inverter a lógica e optaram em priorizar a segunda etapa, na ligação entre a Avenida Conselheiro Nébias e Valongo, onde serão instaladas 14 estações e desapropriados terrenos para dar vazão ao fluxo dos veículos.
Quanto ao impacto desta obra no sistema viário atual do município – com o estreitamento de ruas em uma cidade com elevado índice de veículos por habitante – isso ainda é uma incógnita.
Etapa 2 do VLT
Já que a decisão para a segunda etapa foi tomada, tudo indica que em fevereiro o Governo paulista lançará o edital de licitação para início das obras do trecho 2, algo que começará a ser colocado em prática a partir do segundo semestre.
Assim, uma nova alternativa viária fará parte da paisagem urbana da Cidade.
Resta saber, porém, se o modal alterará os hábitos dos santistas que costumam utilizar-se de veículos próprios para chegar aos seus destinos, optando-se por este novo meio de transporte e assim diminuindo o fluxo de carros pela Cidade.
Caso contrário, seu impacto no já conturbado trânsito será amplamente negativo.
Aguardemos as cenas do próximo vagão.
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