A vereadora Audrey Kleys (PP) assume nesta sexta (5) a Secretaria de Desenvolvimento Social de Santos.
Nas eleições passadas, a vereadora – em seu segundo mandato – obteve 50.028 sufrágios.
Conhecida pela sua experiência na TV, a jornalista entrou na vida pública na secretaria de Educação, chegando a ser secretária-adjunta e, em algumas ocasiões, secretária de Educação de Santos.
Seu nome será publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (5).
O anúncio pegou o meio político de surpresa.
Um vídeo publicado nas redes sociais entre o prefeito Rogério Santos e a vereadora Audrey Kleys sacramentou a parceria.
A primeira divulgação ocorreu nas redes sociais da vereadora, demonstrando prestígio da nova integrante da Administração.
Somente depois que o anúncio foi publicado nas redes sociais do prefeito.
Quem assume?
Assim, nos bastidores, o nome citado para assumir a vaga da vereadora seria o do quarto suplente do PP, José Carlos Tigana, cuja base eleitoral se concentra no bairro do Saboó.
Em 2020, ele obteve 731 votos, sendo o 60º mais votado.
No entanto, para ele assumir, dois nomes precisam desistir.
O primeiro suplente da legenda é o atual secretário de Saúde, Adriano Catapreta.
Como Catapreta tem feito um trabalho elogioso em uma área sensível, tendo enfrentado momentos críticos, como a pandemia da Covid-19, a tendência é ele permanecer na pasta, em compromisso firmado com o prefeito.

Segundo suplente do PP, Bruno Secco, aguarda as movimentações políticas e a posição do secretário de Saúde, Adriano Catapreta, primeiro suplente da legenda. Foto: Divulgação
Por sua vez, o segundo suplente é o jornalista Bruno Secco (foto acima), que obteve 1.728 votos em 2020, em sua primeira disputa eleitoral.
O profissional ainda não foi notificado pela Câmara para tomar uma posição.
“No momento, acompanho as movimentações com serenidade e aguardo o posicionamento do primeiro suplente, Adriano Catapreta”, disse ao Boqnews.
Assim, ele acredita que a convocação à suplência ocorra já nesta sexta (5).
Portanto, na prática, não está definido quem realmente assumirá a cadeira da vereadora Audrey Kleys.
Afinal, caso ela – agora secretária – queira concorrer à vereança deverá deixar o cargo até seis meses antes das eleições, conforme a Lei de Inelegibilidades (Lei Complementar nº 64/1990).
Peso extra
Assim, o mandato do suplente passaria a ter um peso expressivo ao longo dos próximos 8 meses (ou mais, dependendo do cenário eleitoral) – um diferencial em uma dura eleição em outubro de 2024.
Afinal, a disputa será turbinada pelos reajustes dos proventos dos vereadores a partir de 2025, com valores variando de R$ 18.867,82 (janeiro), R$ 19.803,83 (abril) a R$ 20.864,78 (em julho)
O terceiro suplente é o empresário Paulo Mansur, eleito deputado estadual pelo PL nas eleições do ano passado.

Ex-secretário Carlos Mota ocupará uma pasta na Prodesan. Foto Carla Nascimento/Arquivo
Entradas e saídas
Se Audrey chega, o então titular da pasta de Desenvolvimento Social, Carlos Mota, sai.
Mas não deixará a administração.
Dessa maneira, ele ocupará a diretoria Administrativa e Financeira da Prodesan, em cargo vago desde 27 de abril.
Na ocasião, o nome do ex-vereador Geonísio Pereira de Aguiar, o Boquinha, não foi renovado durante assembleia de acionistas – a qual a prefeitura é majoritária.
Mota, porém, só assumirá após nova reunião da assembleia.
Enquanto isso, o presidente da empresa, Odair Gonzalez, acumula as funções.
Bastidores
Assim, Boquinha é pai do deputado estadual Tenente Coimbra, do PL, mesma legenda da deputada federal, a jornalista Rosana Valle.
Dessa maneira, nos bastidores, Rosana é considerada o nome mais forte para concorrer às eleições contra o prefeito Rogério Santos (PSDB).
Por sua vez, o próprio deputado falou, em entrevista ao Jornal Enfoque, que Rosana é o nome natural da legenda para disputar a eleição à prefeitura em 2024.
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, lançará candidatos nas principais cidades do País.
Dessa forma, se ela não disputar, ele será o candidato do partido.
“Ela é a titular e eu o suplente”, afirmou na ocasião.
Assim, Rosana saiu do PSB e migrou para o PL, onde foi uma das mais votadas da legenda, com 216.437 votos.
Acabou se tornando uma das mais fervorosas defensoras do governo Bolsonaro, o que catapultou sua votação em razão do volume de votos que o ex-presidente teve na Baixada Santista.
Neste sábado (6), ela toma posse como a presidente do PL Mulher no Estado de São Paulo.
Dessa forma, o evento ocorrerá na Assembleia Legislativa.
PS.: Com atualização de informações às 22h25