Presidente do MDB em Santos, o empresário André Ursini defende uma maior participação da legenda para as eleições em Santos.
“Precisamos ter espaço dentro de um governo. Para opinar e ter participação”, salienta.
“Nosso partido está em permanente construção, que busca diálogo com a sociedade e não aceita um governo imposto. O MDB é um partido que constrói”, diz durante participação no Jornal Enfoque desta segunda (24).
Ursini conta que a legenda está sendo cortejada por vários grupos políticos.
Já conversou com o deputado Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) para eventual apoio ao candidato da situação.
Seja o deputado ou o próprio prefeito Rogério Santos (Republicanos).
Chegou a ser convidado a vice na chapa da vereadora e ex-prefeita Telma de Souza (PT).
E para integrar o arco de partidos que irão apoiar a deputada Rosana Valle (PL), inclusive com a possibilidade do MDB indicar o vice, no caso, o ex-vereador e presidente da Câmara, Sadao Nakai.
Aliás, foi o PL quem montou a chapa de vereadores do MDB.
Por sua vez, Ursini não descarta até na possibilidade da legenda ter candidatura própria ao Executivo.
Seja com ele, seja com o ex-vereador Marcelo Del Bosco.
A única certeza, porém, é que o partido terá 22 nomes, inclusive 7 mulheres, como determina a legislação.
Ursini, porém, descarta que será candidato ao Legislativo.

Legenda quer ter participação efetiva nas eleições de outubro. Partido já governou a Cidade nas gestões de Oswaldo Justo (1984-1988) e João Paulo Tavares Papa (2005-2012)
Indefinição
Hoje, o cenário é de indefinição, pois a legenda depende de decisões em outras cidades.
No final de semana, o PL acertou a indicação do coronel Mello Araújo ao MDB do prefeito Ricardo Nunes, que tentará à reeleição.
No entanto, em São José do Rio Preto, o MDB quer lançar o deputado estadual Itamar Borges.
Por sua vez, o PL também vai lançar o coronel Fábio Candido, que foi candidato a deputado nas eleições em 2022.
Aliás, seu nome já aparece como consolidado e vai participar de debates como pré-candidatos promovidos pelo jornal Diário da Região
Diante deste cenário repleto de dúvidas, a indefinição também persiste em Santos.

Empresário e presidente da legenda, André Ursini, participou do Jornal Enfoque desta segunda, onde falou sobre o atual cenário do MDB e as perspectivas eleitorais. Foto: Carla Nascimento
Desconforto
A despeito de candidatos a pré-vereador do MDB terem participado de um encontro com a deputada Rosana Valle e seu grupo no último sábado (22).
O encontro ocorreu no auditório do prédio onde a parlamentar tem seu escritório político, na Avenida Ana Costa, 146.
Na escala de horários, o encontro inicial foi com representantes do PL (9h30), seguido pelo MDB (11 horas).
No período da tarde, conversa com integrantes do PRD, partido que tem como pré-candidato o advogado e professor Renato de Jesus, além do Mobiliza (ex-PMN) e PRTB.
No entanto, Ursini só soube do encontro depois do ocorrido e sequer foi convidado.
“Há necessidade de respeito e sensibilidade”, criticou.
Ele reconhece que a situação é delicada.
“Sinto-me totalmente desconfortável com a situação. O MDB tem pessoas preparadas, seja qual for a posição. A gente está pronto para o que for melhor para Santos”, enfatizou.
Ele diz que já expôs sua posição ao presidente da legenda, o deputado Baleia Rossi, em várias oportunidades.
No entanto, conforme ele, a legenda local irá respeitar a decisão que virá do diretório nacional.
Propostas
Ursini defende que o diretório municipal deva ser ouvido para participar da construção em conjunto com outros partidos para oferecer propostas para Santos.
Como, por exemplo, propostas como a criação de uma Guarda Municipal com atuação específica no Centro Histórico.
E ainda: a criação de uma universidade pública municipal, com uso de prédios escolares no período noturno para qualificar a mão-de-obra de pessoas interessadas em aperfeiçoamento ou conhecimento profissional.
Além disso, a criação de um banco municipal para fomentar pequenos e micros empresários para geração de empregos e negócios.
Com os investimentos anunciados tanto do governo federal como estadual chegando a quase R$ 13 bilhões – praticamente a metade em razão do futuro túnel Santos-Guarujá, além de recursos no setor portuário.
“Ainda aguardamos também a construção da nova pista no Sistema Anchieta-Imigrantes entre o litoral e a Capital”, acrescenta.
Assim, Ursini antecipa também o papel do eleito ou eleita nas eleições de outubro.
“Quem governar para o período 2025-2028 terá a chance de reposicionar Santos no mercado nacional para colocar a Cidade e região novamente em um polo de geração de empregos”, salientou.
Hoje, segundo Ursini, enquanto o desemprego no País chega a 6,9%, na Baixada Santista atinge 9,7%.
“Precisamos gerar mais oportunidades, com qualificação profissional”, destaca.
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