Em dez anos, número de vítimas de violência escolar cresceu 2,5 vezes | Boqnews
Foto: Divulgação/Governo de SP

Educação

27 DE ABRIL DE 2025

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Em dez anos, número de vítimas de violência escolar cresceu 2,5 vezes

Número passou de 3,7 mil, em 2013, para 13,1 mil, em 2023

Por: Agência Brasil

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O número de vítimas de violência escolar no Brasil aumentou 254% entre 2013 e 2023. A informação faz parte de um levantamento divulgado pela Revista Pesquisa Fapesp, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em 2013, o país registrou 3,7 mil vítimas de violência dentro das escolas. Em 2023, esse número saltou para 13,1 mil.

Quem são as vítimas e quais tipos de violência ocorrem

O levantamento considera estudantes, professores e demais membros da comunidade escolar. Entre os casos registrados, 2,2 mil envolvem violência autoprovocada, como automutilação, autopunição, pensamentos suicidas, tentativas e suicídios. Esse tipo de agressão teve um aumento de 95 vezes ao longo do período analisado.

MEC classifica quatro tipos principais de violência

O Ministério da Educação (MEC) reconhece quatro formas de violência que afetam o ambiente escolar:

  1. Agressões extremas: ataques letais e premeditados.

  2. Violência interpessoal: hostilidade e discriminação entre alunos, professores e funcionários.

  3. Bullying: intimidações físicas, verbais ou psicológicas com frequência repetitiva.

  4. Violência institucional: práticas excludentes por parte da própria escola, como a ausência de diversidade racial e de gênero no material didático.

Além disso, o MEC também alerta para os problemas que ocorrem no entorno escolar, incluindo tráfico de drogas, tiroteios e assaltos, que acabam impactando a segurança da comunidade.

O que contribui para o crescimento da violência escolar

O relatório aponta várias causas para o aumento da violência nas escolas brasileiras. Entre os fatores mais citados estão:

  • A desvalorização da profissão docente, que reduz o respeito e a autoridade dos professores.

  • A banalização de discursos de ódio, muitas vezes relativizados ou ignorados.

  • A falta de preparo das secretarias de Educação para mediar conflitos gerados por racismo, misoginia e discriminação.

Caminhos para a prevenção

Especialistas sugerem que o enfrentamento da violência escolar exige medidas conjuntas. É fundamental que escolas, famílias, poder público e sociedade civil promovam a valorização do ambiente educacional, com ações voltadas para a inclusão, escuta ativa e respeito à diversidade.

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