É relativamente comum você sofrer ou conhecer alguém que tenha um problema de alergia e dermatite (inflamação na pele). No entanto, o diagnóstico e a origem do problema podem ser um desafio para os especialistas, uma vez que as causas são bastante variáveis. Alem disso, às vezes os sintomas demoram a aparecer como a fotossensiblidade, onde o período de surgimento é variável.
Como o nome sugere, a fotossensibilidade é uma reação de sensibilidade extrema da pele quando exposta à luz do sol ou fontes luminosas artificiais (como lâmpadas), por conta das substâncias químicas.
O médico dermatologista Octávio Moraes Jr. esclarece o surgimento dos sintomas. “As reações podem se instalar em menos de 30 minutos até dias e podem deixar marcas e lesões nas áreas expostas aos raios solares ou em locais mais distantes, neste caso, dificultando o diagnóstico”.
Tipos e sintomas
Basicamente, existem dois tipos conhecidos de fotossensibilidade, a fototóxica e fotoalérgica. A primeira depende do agente agressor que vai ocasionar a reação quando somada à luz. A segunda é consequência da capacidade de sensibilidade da pessoa, além do produto desencadeante.
Moraes explica que quando os raios ultravioletas atingem a pele fotossensível, o mais comum é a ocorrência de algum tipo de dermatite, coceira, machucados, vermelhidão e às vezes o surgimento de pequenas bolhas.
“A longo prazo, as lesões nos locais afetados podem desencadear cicatrizes, manchas permanentes e nos casos crônicos até o desencadeamento de um câncer por causa da perda de organização celular, que deixa de realizar seu trabalho protetor”.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico é clínico, as lesões são características e o tradicional questionário investigativo que os médicos fazem (anamnese) ajuda na identificação do problema.
“O tratamento é feito por meio de medicamentos via oral ou de aplicação na pele. Sempre sob orientação médica”.
Dicas para prevenção
Medidas simples podem evitar a incidência da fotossensibilidade. Evitar contato com substâncias fotossensibilizantes, como algumas plantas, perfumes, cosméticos, antibióticos, associados à exposição solar são algumas recomendações, conforme o médico.
Também é importante respeitar os horários de sol forte (entre 10 e 16h) e sempre aplicar filtro solar antes de sair ao ar livre.
Lúpus
A fotossensibilidade pode estar relacionada a uma doença crônica e autoimune conhecida como Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Nesse caso, o tratamento é mais específico.
Segundo Moraes, trata-se de uma patologia com a causa desconhecida.
No entanto, mas a literatura médica indica que fatores de origem genética e hormonal podem contribuir para o aparecimento da doença.
Quando isso acontece, a pessoa desenvolve alterações do sistema imunológico. A produção das celulas protetoras do nosso corpo, os anticorpos, que sofrem um desequilíbrio.
“Como consequência, lesões na pele – que surgem em 80% dos casos, inflamação nas articulações, presente em mais de 90% dos pacientes, rins e outros órgãos. Há também o comprometimento neurológico e psiquiátrico, sendo essas manifestações menos comuns.”